--

Só conheço a minha filha Juliana, que mora na Fazenda da Toca ( Itirapina /SP ) e por isso meu neto tem ( e minha neta terá ) acesso a uma escola diferenciada nos seus embasamentos teóricos e nas suas práticas em educação infantil. Minha filha certamente se encaixa em um perfil de pessoa com privilégios.

Muito embora não tivéssemos uma condição econômica confortável, tentei proporcionar que meus filhos tivessem, o mais possível, acesso a experiências “fora da caixa” — oficinas expressiva e contato com a arte, viagens, livros, alimentação, conversas, pensar e conhecer outras realidades. Foi o que de mais “alternativo” era possível há 20 ou 30 anos atrás. Juliana foi a caçula ( hoje com 28 anos ) e a que mais aproveitou tudo isso, incorporando a si e multiplicando em seu entorno agora que é adulta.

Em Franca, cidade onde moro não conheço ninguém que ofereça uma educação alternativa para crianças.

O Grupo ATO, onde trabalho, é um espaço de teatro-educação para jovens e adultos. Acho que sim, é um lugar de educação “alternativa”… Tem um perfil popular, porque esse foi sempre foi minha busca, mas estamos longe de ter a amplitude que, pessoalmente, gostaria. Então, de certa forma, ainda acho um privilégio para poucos sim.

--

--

Ana de Araujo_Inã Vivá Teceberaba

Criativa, curiosa e inventadeira, adoro escrever, desenhar, contar histórias, brincar, dançar, estar em roda, prosear, pensar “como seria se…” e um bom desafio